segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Vamos falar sobre: Boyhood



Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre este filme que estreou há não muito tempo nos cinemas, mas se destacou muito e recebeu até indicação ao Globo de Ouro, Boyhood. Sua premissa e o modo como foi produzido já tinham me atraído muito quando descobri, e finalmente pude assisti-lo. 
Boyhood narra toda a adolescência de Mason, interpretado por Ellar Coltrane, mas, o mais interessante é: o longa aborda um período de 12 anos, mas não foram usados efeitos visuais, maquiagem ou outros atores. O elenco permanece exatamente o mesmo. Começamos um filme com Mason criança brincando na rua e terminamos com um adulto de barba decidindo seu próprio futuro. 
Mason é um garoto comum, que não se destaca nas notas ou em esportes, mas que tem gostos um tanto diferentes da maioria dos outros garotos e desenvolve, ao longo do filme, um pensamento um tanto crítico e filosófico sobre a vida. Ele vive com a irmã Samantha e a mãe solteira Olivia, que se separara do marido e pai das crianças já algum tempo, com quem vive, pelo menos no início, em acaloradas discussões. 
Com o passar do tempo acompanhamos todas as mudanças típicas da adolescência, mas não somente na vida de Mason como na de sua mãe, que tenta se casar de novo e se tornar professora; na da irmã, que deixa de ser uma garotinha implicante com o irmão caçula; até mesmo na do pai, que vai deixando de lado aquele jeito de "garotão" e passa a assumir novas responsabilidades.



É um filme bem reflexivo, com um roteiro muito bem feito e sem diálogos desperdiçados. Percebemos o amadurecimento de todos o elenco junto com o amadurecimento dos personagens, e é como se toda a mudança do elenco de Harry Potter (a saga é bem presente no início do filme, algo que achei muito legal) ao logo dos oito filmes acontecesse um único longa. A passagem do tempo, além da clara mudança na aparência do elenco, é retratada por meio de referências a novos filmes, livros ou músicas que foram lançados nos últimos anos, algo bastante interessante. É como se o roteiro se atualizasse ao longo dos anos. 
Apesar da longa duração (tem cerca de 2h50), não chega a ser cansativo, mas, se você está esperando um filme com mistérios e um clímax, poderá se decepcionar. É um ótimo filme, porém um tanto... parado.  
Algo que eu esperava e que senti falta ao perceber que não aconteceria são as primeiras vezes do garoto, o que é esperado para um filme sobre adolescência. Primeiro beijo, primeira namorada, primeira vez, entre diversas outras descobertas que pensei que faríamos com o protagonista.
Mesmo assim, não é algo que tire a qualidade e a verossimilhança do filme, um dos poucos que já vi que retratam a adolescência sem exageros ou clichês. Sua gravação durou apenas 39 dias, mas ao longo de 12 anos, e é uma experiência única poder assisti-lo.
Ao terminar, resta uma sensação de que o tempo passa rápido demais, as coisas vêm e vão e que, ao menos para mim, que ainda estou no colegial, que a faculdade e as decisões sobre o futuro estão cada vez mais próximas.
Vale muito a pena, altamente recomendado!

Até a próxima ;D

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